Quando
você partir
Deixarei
tudo como está,
Vai
que você se arrependa
E
queira aqui voltar...
A
mesa estará posta
No
rádio, aquela música
Toca
infinitamente...
Na
sua poltrona
Estarei
debruçada
Olhando
em direção a janela...
As
pernas cruzadas
O
semblante estupefato
O
corpo imóvel
Feito
estátua de sal...
A
mão pendente
Segura
um cigarro que foi teu
As
cinzas mornas caindo
No
piso de porcelanato...
A
cena congelada
O
riso emudecido
Como
numa fotografia
Nada
se mexe...
A
fumaça ainda está
Pairando
sobre minha face
O
sopro foi interrompido no ato,
Quem
olha o retrato
Não
sabe se a beijo
Ou
a expulso...
Tudo
está meio avulso,
Sem
ação do tempo
Sem
qualquer movimento
Desde que você se ausentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário